Perda de audição associada ao declínio cognitivo
A perda de audição acelera o declínio das funções cognitivas nos idosos, sugere um estudo publicado na revista “JAMA Internal Medicine”.
Neste estudo os investigadores da Johns Hopkins University School of Medicine, nos EUA, contaram com a participação de 1.984 indivíduos que tinham entre 75 a 84 anos. No início do estudo todos os participantes apresentavam uma função cerebral normal, a qual foi avaliada ao longo dos seis anos subsequentes. Os participantes foram também submetidos a testes de audição.
O estudo apurou que o declínio das funções cognitivas era cerca de 30 a 40% mais rápido nos indivíduos com perda de audição, comparativamente com aqueles cuja a audição tinha sido preservada. Os idosos com perda de audição apresentaram distúrbios nas sua capacidades cognitivas 3,2 anos mais cedo do que aqueles com uma audição normal. O nível de declínio das funções cerebrais foi diretamente associado com a amplitude da perda de audição.
“Os nossos resultados mostram que a perda de audição não deve ser considerada uma parte insignificante do envelhecimento, pois pode conduzir a consequências graves, no que respeita ao normal funcionamento cerebral”, revelou, em comunicado de imprensa, um dos autores do estudo, Frank Lin.
Segundos os autores do estudo, estes resultados enfatizam a importância dos médicos discutirem a audição com os seus pacientes e de serem pró-ativos perante o declínio das capacidades auditivas dos pacientes.
Na opinião do investigador, a associação entre a perda de audição e o declínio mais rápido da função cognitiva pode envolver isolamento social, o qual tem sido apontado como um fator de risco desta condição. Por outro lado, a perda de audição pode também “forçar” o cérebro a despender muita energia no processamento do som, à custa de energia gasta na memória e raciocínio.
FONTE:http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/perda-de-audicao-associada-ao-declinio-cognitivo
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