sexta-feira, 13 de julho de 2012

Dor de cabeça pode ser sinal de problema oftalmológico

Dor de cabeça pode ser sinal de problema oftalmológico
Foto: Divulgação
Para especialista, dor de cabeça frequente recomenda um exame oftalmológico
Dores de cabeça, por mais inocentes que pareçam, merecem atenção, porque podem ser encaradas como uma espécie de “alarme” do organismo pedindo uma investigação sobre a causa desse sintoma. A origem de uma dor de cabeça pode estar nos olhos quando vem acompanhada de uma diminuição percebida da visão, sombras no campo visual e, externamente, deixa transparecer olhos vermelhos, coceira e vermelhidão das margens palpebrais, lacrimejamento, edema, fadiga ocular ao final do dia, sinais e sintomas de um quadro também chamado astenopia, descreve o médico Canrobert Oliveira, do Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB).
Para Canrobert uma dor de cabeça frequente recomenda um exame oftalmológico. “Os erros de refração, que exigem correção, como a miopia, astigmatismo e especialmente a hipermetropia e a vista cansada são recordistas entre os causadores de dor de cabeça”, comenta.
Miopia e astigmatismo - A dor é desencadeada, porque os míopes e os astigmatas não corrigidos ou insuficientemente corrigidos, num esforço para melhorar a visão, naturalmente, contraem os músculos orbiculares -aqueles que contornam a órbita ocular. Essas pessoas automaticamente apertam as pálpebras, com o objetivo de alcançar maior nitidez das imagens. “Não é raro ver míopes não corrigidos, apertando os olhos para enxergar melhor”, comenta o médico.
Hipermetropia e presbiopia - Já a hipermetropia exige um esforço acomodativo dos músculos intrínsecos do olho, para focar os objetos longe e perto, enquanto na presbiopia, ou vista cançada, ocorre apenas no esforço para focar os objetos de perto.
É compreensível, segundo o médico do HOB, que esses esforços musculares, por tempo prolongado, causem fadiga e cefaléia ou dor de cabeça, ao final de algumas horas de leitura ou trabalho no computador. Associados à dor de cabeça, esses esforços podem desencadear lacrimejamento, vermelhidão dos olhos e prurido das margens palpebrais, o que, com o passar do tempo, levam ao desenvolvimento da blefarite (caspas entre os cílios). Essa inflamação das margens palpebrais associada ao conjunto de sinais e sintomas que se somam à dor de cabeça é chamado, pelos oftalmologistas, de astenopia.
A solução adequada aos chamados vícios de refração que levam à dor de cabeça,frisa Canrobert, é encontrada por meio da correta prescrição de óculos, lentes de contato ou pela cirurgia refrativa. Hoje, a cirurgia refrativa oferece diferentes e avançadas alternativas de técnicas que vão desde as correções a laser, LASIK e PRK, até o implante de lentes intracorneanas com excelentes resultados, segundo o médico. Mais recentemente, o desenvolvimento do laser de femtossegundo e os “inlays”- lentes intracorneanas-trouxeram a possibilidade de correção refrativa para um número maior de pessoas, uma vez que, com os métodos já em uso, esse benefício se restringia ao grupo menor de candidatos, explica Canrobert.
Outras causas - Retinopatias e glaucoma agudo também podem causar dor de cabeça de origem oftalmológica.
A retinopia é mais frequentemente associada a diabetes, hipertensão arterial e infecções que, quando acometem a região da retina responsável pela visão central, desencadeia grande queda da acuidade visual. Quando acometem a retina periférica, podem surgir manchas no campo visual, também perturbando a visão.
Quanto ao glaucoma agudo, a dor é tão insuportável e resistente aos analgésicos, pelo aumento da pressão intraocular, que o paciente, inevitavelmente, sente-se obrigado a buscar um especialista. Trata-se de casos que requerem tratamentos específicos com oftalmologistas e controle periódico conforme orientação médica.
De acordo com Canrobert, merecem registro ainda as consequências das obstruções nasais, não são exatamente uma questão oftalmológica, mas que frequentemente leva a uma dor ocular intensa.
“Há obstruções, geralmente de origem alérgica, por edema dos cornetos nasais, que impedem ou dificultam a passagem do ar para o seio frontal”, identifica. A esse quadro, via de regra, segue um vácuo na região do seio frontal e dor ocular intensa no mesmo lado da obstrução nasal, em virtude de sensibilização da musculatura extrínseca superior do olho posicionada imediatamente abaixo do seio frontal. Mas esses quadros, segundo o médico,“felizmente, costumam responder de maneira rápida aos descongestionantes nasais e analgésicos convencionais”.
 
FONTE:http://www.planetasercomtel.com.br/viver-bem/125621/dor-de-cabeca-pode-ser-sinal-de-problema-oftalmologico.html

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