segunda-feira, 2 de julho de 2012

HM CLÍNICA

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Em saúde a palavra-chave é sempre a prevenção. Através da prevenção é possível estarmos à frente de qualquer doença - seja prevenindo-nos da possibilidade de que ela venha acontecer, seja no início de sua instalação, quando ela ainda não se manifestou efetivamente.

Quando uma doença se manifesta, normalmente é mais difícil o seu tratamento, controle, ou cura, além de custar mais caro o tratamento do que a sua prevenção. Dependendo do caso, seqüelas adquiridas até o momento do início do tratamento da doença, podem permanecer indefinidamente com o paciente.
Os olhos são nossa janela para o mundo. Por essa lógica, qualquer coisa que possa dificultar nossa visão estará nos afastando desse mundo.
De uma maneira geral, os olhos nos foram entregues com uma garantia de apenas 40 anos pelo "fabricante". Ou seja, uma pessoa que tenha boa acuidade visual após essa idade, pode considerar que já está lucrando.
Então, se os olhos iniciam um processo de deteriorização após os 40 anos, e se, além disso, eles são passíveis de sentir efeitos de outras doenças, o que de antemão podemos esperar que aconteça com eles?
Em primeiro lugar a presbiopia. É praticamente certo que após os 40 anos todos sejam acometidos pela "vista cansada". A catarata, também é bastante previsível, já que ocorre em razão do acúmulo de células mortas dentro do cristalino. E ainda o glaucoma. Este último está ligado à pressão no globo ocular e ao comportamento vascular geral do indivíduo. Uma em cada 50 pessoas acima de 35 anos e três em cada 100 acima de 65 anos têm glaucoma.
Por tudo isso, qualquer pessoa acima de 40 anos e indivíduos que tenham história pessoal de diabetes, doenças vasculares, ou parentes portadores de glaucoma, devem fazer exames periódicos de avaliação com seu oftalmologista. O período necessário entre um e outro exame vai variar de caso para caso, mas certamente não deve ultrapassar um ano de diferença entre eles.

SINAIS DE ALERTA
Não é apenas durante a infância que os olhos precisam ser vigiados, à procura de pequenos probleminhas. Eles devem ser analisados regularmente durante toda a vida. E, na presença de alguns sintomas, sem demora! Portanto, fique atento se há:

Dor de cabeça: Quando localizada logo acima dos olhos, manifestando-se, principalmente, pela manhã, e atenuando-se no decorrer do dia, essa dor difusa, que lembra um pouco a da sinusite, pode ser o indício de um glaucoma crônico. A consulta ao oftalmologista é imperiosa.

Uma leve baixa da acuidade visual e deformação das imagens: Esses sinais discretos podem traduzir o início de uma degeneração da mácula, uma área da retina. No entanto, o distúrbio é mais freqüente após os 60 anos.
Um véu que aparece de tempos em tempos diante dos olhos, ou cegueira diante de luz forte: Esses

sinais indicam o início de uma catarata. Atenção: não se deve protelar a consulta ao oftalmologista. Quanto mais cedo for feita a cirurgia de catarata (uma das mais fáceis e seguras), maiores serão as chances de recuperação da visão.

Visão dupla ou visão embaçada: São sintomas que podem indicar o diabetes. A hiper ou hipoglicemia dos diabéticos podem provocar essas alterações visuais.O controle dos níveis de açúcar no sangue evita o desenvolvimento de graves afecções, como a retinite diabética, que pode reduzir a visão e levar à cegueira. Os diabéticos jovens devem se precaver mais ainda, pois podem vir a sofrer de catarata retrolenticular, às vezes de evolução rápida.

Lacrimejamento purulento: Pode significar uma afecção conjuntiva ou lacrimal. Quando o lacrimejamento é claro, e se acompanha de fotofobia (sensibilidade extrema à luz), em geral se refere a patologias da córnea ou da íris. Outra possibilidade, também, é de glaucoma congênito, especialmente se os sintomas aparecem na infância.

Pupila esbranquiçada: Trata-se de um sintoma que costuma traduzir afecções oculares graves: catarata, tumor da retina, retinopatia e displasia retino-vítrea.
Pontos negros e luminosos, repetidamente, em um olho: Podem ser os primeiros sinais de um eminente deslocamento de retina, distúrbio ocular grave mas que, dos anos 60 em diante, com os avanços da oftalmologia, pode ser tratado com sucesso através da cirurgia de fotocoagulação a laser.

Véu sobre o campo visual e baixa da visão: Nesse caso, a retina já se encontra totalmente descolada. Apenas a cirurgia corrige o problema.

Dor aguda no olho, que se torna extremamente vermelho e sensível, além da visualização de halos ao redor das luzes: Sintomas determinantes de um glaucoma agudo, que pode desenvolver-se muito rapidamente. Para salvar a visão, há necessidade de tratamento urgente a fim de diminuir a pressão no olho.


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